Teatro Kings Head (estúdio)
Linus Karp e Joseph Martin (diretor)
75 (comprimento)
18 de abril de 2024 (lançado)
23 de abril de 2024
Interpretando Diana com tanta bravata está Linus Karp. A maneira como ele tem todos os maneirismos de Diana e ainda assim consegue exagerar, muitas vezes à beira do grotesco, sem nunca perder o charme e a empatia é incrível. O show é abarrotado com uma série maluca de destaques cronológicos da ascensão de Diana de uma garota tímida e privilegiada para a princesa do 'povo'. Então além para uma vida que só ela poderia sonhar, tomando o mundo de assalto.
É feito por meio de muito uso de sequências filmadas de personagens como a Rainha e Deus, onde conversas são feitas diretamente com a tela por Diana e os desavisados membros da plateia. O príncipe Charles está lá como um recorte de papelão que sofre fogo extremo de uma versão demoníaca de boneca de pano de Camilla. O codiretor, voz de Charles e marionetista Joseph Martin invade o palco enquanto agita Camilla, com tanta verve que destruiu o recorte 1 do príncipe Charles e, felizmente, havia um recorte reserva 2 para terminar o show.
A escrita em qualquer peça anárquica está fadada a ter alguns momentos de hilaridade total e outros que não caem tão bem, e sendo um show no estilo cabaré, algumas das mudanças de figurino parecem um pouco trabalhadas. Embora, a recompensa quando vemos o vestido de noiva com seu véu que enche o teatro, e o 'vestido de vingança' preto valham totalmente qualquer atraso.
Este é um show para esquecer as pequenas fraquezas e se deleitar na recriação de Diana que Karp traz à sua maneira majestosa e indomável.