Pablo Larraín, um admirador de longa data de Angelina Jolie, propôs um papel inesperado a ela em 2021: Maria Callas, a icônica cantora de ópera. Inicialmente hesitante, Jolie finalmente aceitou o desafio, levando à criação de 'Maria', um filme com estreia prevista para o Festival de Cinema de Veneza.
Escrito pelo indicado ao Oscar Steven Knight, o filme explora a vida de Callas na Paris dos anos 1970, focando em suas lutas internas e nas consequências de sua carreira e tragédias pessoais. Larraín considera 'Maria' a conclusão de sua trilogia de cinebiografias centradas em mulheres icônicas, seguindo 'Spencer' e 'Jackie'.
Nascida de imigrantes gregos em Nova York, a jornada de Callas para a fama foi repleta de desafios. 'Maria' a captura em um ponto vulnerável, lutando com as consequências de suas escolhas passadas enquanto contempla um retorno. A performance de Jolie é descrita como de partir o coração, errática e autoritária, refletindo as complexidades da vida e carreira de Callas.
O filme emprega uma abordagem única ao som, misturando a voz de Jolie com a de Callas para criar uma experiência auditiva perfeita. Essa técnica inovadora permite que o público se conecte com a jornada emocional de Callas em um nível mais profundo.
'Maria' é mais do que apenas um filme biográfico; é um testamento aos sacrifícios que os artistas fazem em busca de sua arte. A visão de Larraín, juntamente com a poderosa performance de Jolie, dá vida à história de Callas de uma forma que é ao mesmo tempo íntima e universal.
Por meio de 'Maria', Larraín explora a fragilidade e a vulnerabilidade inerentes ao processo criativo. O filme serve como um lembrete de que mesmo as figuras mais celebradas lutam com seus próprios demônios e que a busca pela excelência artística geralmente tem um custo pessoal.